Clássica, Jequitibá e Premium. Qual a melhor (afinal)?

Clássica, Jequitibá e Premium. Qual a melhor (afinal)?

Se eu pudesse reproduzir a pergunta mais frequente de feiras, exposições ou eventos, com certeza sintetizaria assim: – Qual delas (Cachaça Jeceaba) você gosta mais? Qual delas é a melhor?

Bom, não tenho a resposta certa. Já me coloquei diante dessa indagação como um dilema a ser resolvido e, confesso, sem êxito. E a verdade, amigos de toda a nossa comunidade, resposta certa não há.

Vocês bem sabem que temos, por ora, um mix de 3 (três) produtos compostos pela Cachaça Clássica (cachaça armazenada em tanques de inox, sem passar por madeira alguma); a primogênita e pioneira Cachaça Padrão Jequitibá (2 anos envelhecida e depois armazenada em tonéis de Jequitibá Rosa); e a nossa vedete Cachaça Premium (2 anos envelhecida e armazenada em tonéis de Jequitibá Rosa e até 2 anos envelhecida em barris de Carvalho Europeu). 

Sei que o ato de beber (falo do consumo consciente) deve ser um momento de prazer, diversão, compartilhamento, reflexão e experiências – e eu faço isso regularmente, com a cachaça, naturalmente. Pois então, claro que cada uma dessas sensações, dos sentimentos que nos orbitam no momento em que degustamos a cachaça interferem objetivamente no produto a escolher (Clássica, Jequitibá ou Premium) e na forma que será apreciada, se pura, gelada, no drink.

Olhando apenas para as nossas garrafas, sem critério nenhum além do seu conteúdo, eu diria que realmente todas são boas e atestamos a qualidade e as boas práticas que consolidam um produto de excelência. Afinal, são desdobramentos da mesma cachaça e, portanto, como gosto de dizer, se nascesse ruim, ainda que um tratamento em madeira pudesse mascarar algumas de suas propriedades, outras não seriam tão fáceis assim, como poeira que se coloca por debaixo do tapete.

Mas, para não ficar apenas no discurso abstrato e sem tomar partido, o que acabaria frustrando quem se fisgou pelo título do texto, faço aqui algumas considerações: 

– Para algumas situações de harmonização com pratos e sabores mais potentes, ou para uma degustação bem definida e pontual (pode ser até gelada), ou mesmo para um drink no qual se acrescentará outros elementos de características e propriedades marcantes, eu sugeriria a Cachaça Clássica. Robusta, de corpo médio, aromas frescos da própria cana que não escondem a sua origem. Produto de raiz, rústico e de personalidade forte que, em pequenas doses, propõe o desafio (e a constatação) de que sabor a cachaça possui desde o seu nascedouro; não precisa de muitos penduricalhos para evidenciar a sua qualidade.

– Por outro lado, temos a nossa coringa – Cachaça Jeceaba Jequitibá – que exatamente pela passagem na madeira bem neutra (jequitibá), é leve, herbal e tem um ar refrescante natural, exatamente recomendada para aquele dia que o churrasquinho se estende, uma conversa despretensiosa entre amigos ou família, harmonização com pratos leves e frescos, podendo ainda ser utilizada em drinks como a clássica caipirinha. Os bartenders dizem, aliás, que é uma de suas preferidas, porque amaciada pelo tempo de envelhecimento e armazenamento em madeira, não incorpora elementos que comprometeriam a explosão de outros sabores. De corpo bem leve, é a cachaça para o consumo moderado e para todas as horas.

– Claro que, diante da versatilidade dos nossos produtos, deixamos para o final, a apresentação da Cachaça Jeceaba Premium. Perdoe-me o trocadilho, mas, é um primor! Essa eu indico para uma degustação mais especial, porque tem uma complexidade de sabores que desperta em cada dose uma vivência distinta, revelando variadas facetas. Tem corpo médio, já que a transferência de sabores pelo tempo de envelhecimento em carvalho é atenuada pelo período anterior que passa pelo jequitibá, de modo que a conjunção dos tempos de guarda convergem para uma explosão de sabores especiais, sem perder a identidade da cachaça e não se confundindo com nenhuma outra bebida. Quem deseja tomar uma cachaça, busca cachaça. Sirvam-se dela para embalar uma reflexão mais aguda e pontual, despertar um sentimento nostálgico, poético, e como brinco com as pessoas em geral, escrever músicas, ou cantá-las, tentar resolver os problemas do mundo, viver amores… claro harmonizando acepipes e pratos bem elaborados de identidade também particular.

É isso amigas (os), não esperem de mim apontar o dedo para uma das garrafas de nosso mix e dizer que essa, ou aquela é melhor – seria o mesmo que indagar a uma mãe, qual filho prefere; contudo, me dê a razão e motivo para a degustação (com temperança), que lhe indicarei o produto certo. E para sempre oferecer a todos uma rica experiência (#cadadoseumaexperiênciasensorial), aguarde-nos que neste surpreendente ano ainda vamos travar mais a sua cuca, dificultando a sua escolha. E aí, pega um kit logo com todos os nossos produtos, assim estará sempre pronto para aquilo que a ocasião exige, não é mesmo?

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